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Pequenos negócios mineiros geram quase 70% dos empregos em abril
Conforme dados do Caged, micro e pequenas empresas tiveram saldo de quase 19 mil postos de trabalho, com queda de quase 14% em relação a março
Os pequenos negócios seguem como os principais geradores de postos de trabalhos em Minas Gerais. Segundo levantamento realizado pelo Sebrae Minas, com base no Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Novo Caged), em abril, as micro e pequenas empresas geraram 69,8% das vagas no Estado, com saldo total de 18.978 empregos. A quantidade resulta da diferença entre 132.663 admissões e 113.685 desligamentos registrados no período.
No comparativo com março, o saldo representa uma queda de 13,86% no total de postos gerados. Em relação a abril de 2022, observou-se um aumento de 6,89%. Por sua vez, o saldo gerado pelas empresas de médio e grande portes em abril foi de 8.227, o que corresponde a 30,2% dos postos de trabalho.
“O mercado de trabalho acompanha sempre o crescimento econômico de um período. Logo, as micro e pequenas empresas são muito importantes para a retomada, no que diz respeito à geração de empregos. Quando vemos alguns sinais de melhoria nos indicadores, percebemos que os pequenos negócios demandam mais mão de obra, o que representa maior circulação de dinheiro na economia”, analisa o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
O setor de Serviços aparece como o maior gerador de empregos em Minas Gerais, com saldo de 9.340 novas vagas, seguido pela Construção Civil (3.675) e pela Agropecuária (2.692). Depois de passar por período ruim em janeiro e fevereiro, com saldo negativo de vagas, o Comércio mostrou recuperação pelo segundo mês consecutivo, e apresentou saldo de 1.811 vagas, 20% a mais que em março. Já a Indústria de Transformação chegou a uma diferença positiva de 1.324 postos, enquanto a Indústria Extrativa Mineral obteve saldo de 136 empregos.
Entre as atividades econômicas específicas, o cultivo de café, com um saldo positivo de 1.045 vagas geradas nos pequenos negócios mineiros, foi o que mais obteve avanço em abril. “A Agropecuária apresenta picos de contratações e demissões em determinados períodos no ano. É um setor muito forte em Minas Gerais e isso representa maior demanda de mão de obra para as micro e pequenas empresas. Além do cultivo de café, as atividades de reparação de terrenos de cultivo e colheitas tiveram resultados satisfatórios, o que puxa o saldo positivo na Agropecuária”, destaca Marcelo de Souza e Silva. Outras atividades em crescimento foram a construção de rodovias e ferrovias, com 1 mil vagas, e transporte rodoviário de cargas, com 831 postos.
Saldo em Minas
Minas Gerais foi superado apenas por São Paulo entre os maiores saldos de empregos em abril – o estado obteve uma diferença positiva de quase 19 mil postos. Belo Horizonte, com saldo de 3.441, se tornou a cidade mineira com melhor resultado, seguida por Patos de Minas (1.280), Betim (892), Uberlândia (696) e Contagem (548). Por sua vez, Rio Paranaíba, no Alto Paranaíba, obteve saldo negativo de 175, registrando o pior desempenho em todo o estado.
Perfil das contratações
As contratações mais comuns nos micro e pequenos negócios mineiros em abril foram de homens na faixa etária de 18 a 24 anos e com Ensino Médio completo – representam 59,4% dos postos de trabalho preenchidos. Curiosamente, esse perfil foi o mais assíduo nas demissões no mês em questão, com mais de 60% dos vínculos de empregos encerrados. O salário médio pago de admissão foi de R$ 1.742,76, praticamente na mesma faixa do salário de desligamento (R$ 1.749,30).
*Assessoria de Imprensa | Prefácio Comunicação