Na última quinta-feira (9), a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anunciou a retirada de circulação de cerca de 1,4 milhão de aparelhos de TV Box. Além disso, informou que o sinal emitido para esses aparelhos piratas será suspenso de forma gradual.

A ação faz parte do Plano de Combate ao Uso de Codificadores Clandestinos. Seu intuito é combater a pirataria e tirar de circulação os aparelhos de TV Box que não estão homologados de acordo com a lei e as normas de segurança.

Isso porque esses aparelhos, também conhecidos popularmente como “gatonet”, transmitem de forma clandestina conteúdos de canais por assinatura e até mesmo filmes e séries de plataformas de streaming.

O que é TV Box e como funciona o serviço

Alguns aparelhos de TV Box são capazes de oferecer às televisões mais antigas os recursos de uma Smart TV, como o acesso a internet e aplicativos. Entretanto, aparelhos não homologados permitem o acesso pirata a conteúdos pagos.

Entre os aparelhos que não possuem permissão da agência para oferecer esse tipo de serviço estão o IPTV, Smart TV Box e TV Box. No momento, a Anatel está analisando denúncias de pirataria para validar a necessidade de bloqueio.

Os riscos de utilizar os aparelhos piratas

Ainda em 2022, a Anatel já havia alertado os usuários sobre os riscos de utilizar o TV Box. Isso porque foi detectada, nas redes desses dispositivos, a presença de malwares, que são um tipo de vírus capaz de coletar dados pessoais, como registros financeiros e fotos.

Ou seja, ter um aparelho assim conectado à televisão e à rede de internet oferece diversos riscos para a segurança do usuário. De acordo com Hermano Tercius, superintendente de Fiscalização da Anatel, uma rede de robôs pode usar o TV Box para realizar ataques.

Por conta disso, baseada na Lei Geral de Telecomunicações, a Anatel iniciou o combate aos dispositivos de TV Box não homologados. A estimativa é que existam cerca de 5 a 7 milhões de aparelhos desse tipo no Brasil.

*Fonte: Credito Digital