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Confederação Nacional de Municípios alerta que projetos em tramitação não viabilizam custeio do piso da enfermagem

Confederação Nacional de Municípios alerta que projetos em tramitação não viabilizam custeio do piso da enfermagem

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Liderado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), o movimento municipalista alerta que as proposições apontadas por parlamentares até o momento como medidas que vão viabilizar o custeio do piso salarial de enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras não resolvem de fato o problema de financiamento pelos Municípios. 

O movimento municipalista critica as declarações que afirmam que as medidas são resolutivas e que apontam a CNM como apoiadora dessas, a exemplo do Projeto de Lei Complementar 44/2022, que permite que Estados e Municípios possam realocar saldos de recursos relativos ao combate à Covid-19 para outras ações e serviços da saúde. Sobre a proposição, a entidade destaca que os recursos previstos no projeto são temporários e não há confirmação sobre o montante anunciado pelo relator geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

As matérias, em sua maioria, apresentam recursos provisórios para uma despesa permanente. Além disso, algumas são matérias paradas no Congresso Nacional há anos por falta de acordo entre lideranças políticas e resistência de determinados setores. Importante destacar que o cenário exige urgência e responsabilidade para evitar as consequências decorrentes dos impactos diretos e indiretos que os Municípios irão sofrer, podendo desassistir uma parcela significativa da população brasileira.

Estabelecido pela Lei 14.434/2022, o piso foi suspenso por meio de liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) até que sejam esclarecidos os impactos nas finanças de Estados e Municípios. Estudo da Confederação protocolado na Corte mostra que, sem a fonte de custeio, o piso da enfermagem pode levar ao desligamento de quase ¼ dos 143,3 mil profissionais da enfermagem ligados à Estratégia de Saúde da Família (ESF) e à desassistência de 35 milhões de brasileiros. Estimativas da entidade mostram, ainda, que o piso deve gerar despesas de R$ 10,5 bilhões ao ano apenas aos cofres municipais.

Com o objetivo de fazer frente a mais essa despesa, a Confederação apresentou uma proposta que permite aumentar, de forma permanente, em 1,5% o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), fazendo com que os repasses cheguem a 27% do que é arrecadado em Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e Imposto de Renda (IR) pelo governo federal. A medida defendida pela CNM visa a amenizar mais esse custo que recai sobre os Municípios sem que haja indicação de como financiá-lo.

Veja o posicionamento da CNM em relação aos projetos apontados como viabilizadores do piso.

*Imprensa CNM

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Marcos Remis dos Santos 
(Marcão)