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FMF quer VAR em todos os jogos do Mineiro 2023
CAP entra para também para pagar a conta
A Federação Mineira de Futebol (FMF) tem a intenção de que o árbitro de vídeo (VAR) seja utilizado em todas as partidas do Campeonato Mineiro de 2023. Atualmente, a tecnologia é utilizada apenas nas fases semifinal e final.
Em entrevista nesta quarta-feira (30), na sede da FMF, Adriano Aro, presidente da instituição, comentou sobre os planos para o VAR no Estadual, revelando que um planejamento já está traçado.
“A Federação Mineiras pretende ter VAR em todas as partidas em 2023. Isso não depende apenas da FMF, depende também da anuência dos clubes, porque é uma decisão debatida em conselho arbitral. A Federação fará neste ano, já pensando em 2023, tão logo os campeonatos se encerrem, uma vistoria em todos os estádios. E vai pedir aos clubes que façam as adaptações necessárias para a tecnologia do VAR, para que caso isso (VAR em todos os jogos) seja aprovado no Conselho Arbitral e tenhamos condições de ter a tecnologia em todos os estádios”, disse Aro.
O Conselho Arbitral, citado pelo mandatário, definirá as diretrizes da próxima edição do Estadual, especialmente no que tange ao regulamento da disputa.
Custeio
Os clubes do interior, que têm a arrecadação muito inferior às da capital e que muitas vezes sequer possuem um calendário de jogos após o encerramento do Estadual seriam os principais atingidos. Exemplo mais recente dessa dificuldade foi a Caldense na semifinal do Campeonato Mineiro.
Alegando, entre outros fatores, que os valores para a instalação do VAR no estádio Ronaldão, em Poços de Caldas, eram altas dentro orçamento do clube, a Veterana mandou o jogo de ida da semi, diante do Atlético, para o Mineirão.
Para ilustrar essa realidade, a Caldense, cuja folha salarial mensal não chega a R$ 200 mil, gastaria R$ 70 mil apenas para implementar o VAR em Poços.
Adriano Aro admitiu as dificuldades das agremiações em custear o árbitro de vídeo, mas deixou claro que a FMF não tem condições de bancar a tecnologia durante todo o campeonato.
“Este ano foi atípico, porque os clubes ainda vinham em um cenário de pandemia e estavam financeiramente muito debilitados. Para eles, era difícil arcar com o custo dessa tecnologia. Hoje é a FMF quem paga o VAR nas semifinais e na final, mas ela não tem condições de fazer isso o campeonato todo. Então, é um valor que precisa ser suportado pelos clubes, porém, tenho certeza de que o objetivo de todos é a melhoria da arbitragem. Então, os clubes vão se conscientizar e, juntamente como a Federação, deliberar a aprovação do VAR. É o que a FMF espera e torce que aconteça”, disse.