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“Eu meto a colher na violência à mulher: meta você também”

“Eu meto a colher na violência à mulher: meta você também”

Violência doméstica contra mulheres é discutida em bate-papo promovido pelo IFTM no dia 9 de março

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O mês de março é mundialmente marcado por reflexões, discussões e proposituras de políticas públicas e de ações para a conquista da igualdade de direitos entre homens e mulheres. A luta feminista, em suas diversas vertentes, foi e é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e humana para todos, uma vez que as mulheres, ainda hoje, enfrentam inúmeras situações de desigualdade, com destaque para as mulheres negras, para as mulheres lésbicas e para as mulheres trans, que sofrem ainda mais dificuldades diante da invisibilidade vivida nas sociedades marcadas por ideologias e práticas de exclusão.

Inúmeras e diversas são as situações que expressam tal desigualdade de direitos entre os gêneros. As mulheres continuam ocupando menos espaço na política, na alta gerência e liderança de empresas e corporações, nos esportes e na cultura, entre outros. Quando ocupam tais lugares, sofrem com “olhares tortos” e “narizes torcidos”, piadas e chacotas, em sinais claros de discriminação, a exemplo do recente fato ocorrido em encontro da cimeira União Européia/União Africana, em fevereiro, em Bruxelas, capital da Bélgica, onde o  ministro dos Negócios Estrangeiros do Uganda, Odongo Jeje, em reunião com autoridades mundiais, simplesmente ignorou a presença da presidente da Comissão Européia, Ursula von der Leyen, não a cumprimentando, apenas estendendo a mão aos demais homens presentes.

Também, a pandemia da Covid-19 escancarou o problema da violência doméstica ou familiar sofrida por grande número de mulheres no mundo todo. Com o isolamento social, as vítimas foram obrigadas a conviver mais e por mais tempo junto aos agressores, fazendo os registros de casos desse tipo de violência crescerem em nível global, caracterizando um fenômeno mundial.

“Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres divulgados no final de setembro de 2020, o confinamento levou a aumentos das denúncias ou ligações para as autoridades por violência doméstica de 30% no Chipre, 33% em Singapura, 30% na França e 25% na Argentina. O Brasil registrou 648 feminicídios no primeiro semestre do mesmo ano, 1,9% a mais que no mesmo período de 2019, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O governo brasileiro criou uma campanha para estimular as mulheres agredidas a denunciar, mas, segundo o FBSP, as medidas para acompanhas as vítimas continuam sendo ‘insuficientes’”.

Para reacender o sinal de alerta acerca dessa situação vivida por inúmeras mulheres, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) promove o bate-papo on-line “Eu meto a colher na violência à mulher: meta você também” com Cláudia Guerra, ativista dos direitos das mulheres, no dia 9 de março, às 17h, pelo canal da instituição no YouTube. A programação é gratuita e aberta a toda a comunidade. Quem desejar receber certificado de participação, deve se inscrever na página do evento.

Luna Marquez Ferolla, presidente do Núcleo de Estudos de Diversidade, Sexualidade e Gênero (NEDSEG) Central do IFTM responsável pelo evento, explica que a causa feminina, em suas diversas questões, continua urgente e deve ser pauta de atenção e ação todos os dias. Lembra também que mais um avanço foi conquistado em 2021 com a promulgação da Lei 14.164, de 10 de junho, que incluiu conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da Educação Básica. “A escola agora é obrigada por lei a falar sobre a violência doméstica contra mulheres de forma a educar todos para seu combate e prevenção”, ressalta Ferolla.

Mais informações na página dos NEDSEG do IFTM.

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Marcos Remis dos Santos 
(Marcão)