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Presidente do COREN-MG diz que enfermeiros são desprezados pelo governo

Presidente do COREN-MG diz que enfermeiros são desprezados pelo governo

Nesta terça-feira (30/03), deputados da CPI dos Fura-fila receberam membros de entidades representativas da saúde em reunião na Assembleia Legislativa

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'Estamos sendo desprezados'. A fala é do presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (COREN-MG), Bruno Souza Farias. Na manhã desta terça-feira (30/03), ele e demais membros de entidades representativas de classes ligadas à saúde em Minas foram ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fura-fila na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

A CPI investiga se há irregularidades no processo de vacinação dos servidores da Secretaria de Estado de Saúde – cerca de 800 da capital e 1,8 mil do interior –, denúncia que levou à exoneração do ex-secretário, Carlos Eduardo Amaral, em 11 de março.

Convidado pela Comissão para dar seu depoimento diante do caso, o presidente do COREN-MG destacou o trabalho diário de extrema dificuldade que os enfermeiros do estado enfrentam no combate á COVID-19 e citou o atraso da vacinação para esses profissionais. 

Segundo Bruno Farias, em fiscalizações feitas pelo Conselho, foi apurado que ainda existem enfermeiros e ténicos de enfermagem que trabalham na linha de frente do coronavírus no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, e em outras unidades de saúde, que ainda não receberam a dose da vacina.

"Os profissionais não foram prioridade nem na vacinação. Já protocolei vários requerimentos solicitando ao secretário municipal de Saúde para nos receber. Não tivemos nem retorno."

O presidente também destacou como a rotina desgastante de trabalho dos enfermeiros desde o início da pandemia vem afetado a saúde física e mental desses profissionais. De acordo com Bruno Souza, de 5 a 10% da classe mineira está sendo afastada do trabalho por esgotamento mental.

"Não estamos aguentando a carga, a situação chegou ao fim do poço", alertou o presidente.

Promessa não cumprida pelo ex-secretário

A presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), Cibele Alves de Carvalho, fez outra denúncia contra a Secretaria de Saúde estadual. Segundo ela, quando ainda à frente ao cargo de secretário, Carlos Eduardo Amaral havia garantido que, até o fim de fevereiro, todos os profissionais de saúde de Minas seriam imunizados contra a COVID-19.

No momento da promessa, não cumprida, o ex-secretário já tinha sido vacinado junto com outros servidores da SES-MG, atualmente investigados pela CPI dos Fura-fila.

“Tínhamos profissionais da linha de frente a serem vacinados. Talvez não um número grande, mas a gente ainda tinha profissionais da linha de frente a serem imunizados, principalmente na atenção primária."

Sobre as regras do Ministério da Saúde para a vacinação no país, Cibele Alves de Carvalho disse que, dentre os grupos prioritários, são citados gestores envolvidos na vigilância em unidades assistenciais. 

No entanto, reforça que a regra principal é levar em conta o risco sanitário, ou seja, quem faz atendimentos diretos a pacientes com o coronavírus deve ser prioridade. 

“Se não nos unirmos e falarmos de forma única, vamos ter muito mais mortes do que teríamos”, disse a presidente.
 

(*) Com informações EM


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Marcos Remis dos Santos 
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