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Promotora defende que apenas servidores expostos a riscos tomem segunda dose

Promotora defende que apenas servidores expostos a riscos tomem segunda dose

Na CPI dos Fura-Filas, Josely Ramos defendeu avaliação do risco sanitário a que cada um dos vacinados está submetido

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Diante da discussão se os servidores administrativos da Secretaria de Saúde que tomaram a 1ª dose da vacina deveriam tomar a 2ª dose, a promotora de Justiça em Saúde, Josely Ramos Pontes, defendeu que seja feito uma avaliação do risco sanitário a que cada um deles está submetido em audiência da CPI dos Fura-Filas, na ALMG.

De acordo com a promotora, por um lado, quanto mais pessoas vacinadas, melhor para o Sistema Único de Saúde, por causa do impacto na circulação do coronavírus.

“Por outro lado, eu não tenho coragem de dizer que um trabalhador com um risco elevado deixe de ser imunizado neste momento para que outro trabalhador, em um risco menor, receba a dose dois”, disse.

“Quem tem risco sanitário e tomou a primeira dose que receba a segunda dose. Quem não tem risco sanitário igual a outros trabalhadores que estão no enfrentamento, que não receba a segunda dose”, resumiu.

A promotora destacou que a decisão, porém, cabe ao novo secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Bacheretti.

Falando sobre a vacinação dos servidores de forma geral, o vice-líder de governo, deputado Guilherme da Cunha (Novo), disse que concorda que o risco sanitário seja levado em conta, mas que não pode ser desconsiderado o risco da paralisação de atividades de vacinação caso haja um surto de Covid-19 entre os trabalhadores estaduais. 

"Digo especialmente na Rede de Frio por exemplo, que se paralisada, paralisa a vacinação no Estado inteiro. E não necessariamente o trabalhador da Rede de Frio vai ser contaminado no contato com um paciente, mas no transporte até o local de trabalho. A gente sabe como estão os ônibus em Belo Horizonte”, disse.

“É só uma consideração que faço para que a gente pondere junto com o risco sanitário, a paralisação de determinada atividade em caso de um surto. Pode causar um prejuízo muito grande, que deve ser levado em consideração na análise do Ministério Público, mas também por todos os gestores de saúde e por essa comissão”, completou.

Ele destacou também que perder a dose já aplicada aos servidores poderia resultar em dano ao erário, já que ela seria "desperdiçada" e os servidores teriam que tomar duas doses novamente.

Como resposta, a procuradora Josely Ramos Pontes disse que a visão do deputado sobre a Rede de Frio era adequada, e que no entendimento dela todos os servidores que atuam na distribuição da vacina fazem parte do primeiro grupo prioritário de acordo com o Plano Nacional de Imunizações.

“É toda a cadeia de vacinação. Eu entendo que a Rede de Frios está contemplada, assim como todos os trabalhadores envolvidos na distribuição da vacina estão contemplados na primeira prioridade de todas. Não é só quem aplica a vacina”, disse.

Sobre o custo para os cofres públicos, a promotora explicou que uma eventual responsabilização dos envolvidos no caso vai incluir o custo das doses.

 

(*) Com informações O Tempo


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Marcos Remis dos Santos 
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